Além de muito abrangente, o tema de hoje tem papel
fundamental no destino dos seres humanos. São os desejos que nos fazem buscar e
alcançar objetivos. Desejos são motores que impulsionam as atitudes humanas.
Quando
realmente desejamos algo, ligam-se as turbinas que nos tornam ativos para
efetivamente conseguir o que queremos.
Observe, por exemplo, quando se pensa em dinheiro. Você pode
ver nele o “ter” ou o “fazer”, ou seja, você pode querer possuir algo (casa,
carro, bens, etc.) no sentido de “ter”, ou então você pode pensar no que
“fazer” com o dinheiro, que pode ser uma experiência marcante como uma viagem,
uma atividade específica, uma boa ação, etc.
Diante desses dois cenários, qual pode ter maior impacto
sobre sua vida? Obviamente o fazer terá! Isso porque “experiências” sempre
significarão mais que “pertences”. E você facilmente chegará a esta conclusão, recordando-se
de momentos ou fases da sua vida e fazendo as comparações.
No entanto, vamos aprofundar mais um pouco isso, conectando
o assunto a uma pergunta provocativa, se realmente for levada a sério: o que
você quer para a sua vida? Te convido agora a pensar em três respostas. Faça
esse exercício pessoal e depois continue a leitura.
Pois bem, analise agora suas respostas e consequentes reflexões
que certamente elas te proporcionaram. Comumente,
as respostas se referem a desejos ligados a iniciar um curso, conquistar um bom
emprego, ganhar e acumular dinheiro ou bens, viajar, morar no exterior e aí por
diante.
Veja que as respostas nos revelam focos estruturados nos
desejos de “ter” ou “fazer”.
E agora lanço então a segunda pergunta provocativa, que paradoxalmente
pode ser considerada uma potencial reflexão que conduz à resposta da
primeira... : “neste contexto do ter e do fazer, onde colocamos o que queremos
‘ser’?”
Sempre que faço esses exercícios em minhas palestras, aulas
ou em sessões de terapia, a maioria das respostas aponta que as pessoas querem (primeiro)
executar movimentos para ganhar dinheiro, fazer coisas ou possuir bens - e
colocam isso até como “necessidade” ou “garantia” para buscarem o “ser”.
Pense em pessoas felizes que você conhece. Avalie e
considere o que realmente as faz felizes e tenha uma surpresa quando observar a
ordem que elas colocam nos três desejos...
Dentre tantas analogias, vou citar uma. Você já deve ter
visto ou ouvido falar sobre aqueles programas de TV que visam realizar sonhos,
transformando a aparência das pessoas ou dando bens materiais. Mas vamos além! Como
estarão essas mesmas pessoas depois de um bom tempo que “conseguiram” o que
sonharam? Qual desejo estava no comando?
Pertences sempre perdem o valor, mesmo que sejam trocados
por mais novos ou mais modernos. O corpo físico envelhece, os músculos
enfraquecem, a beleza sucumbe.
O tempo é implacável e acabamos nos perdendo correndo atrás
do que queremos ter, fazer, sempre deixando para depois o que queremos ser, até
que chega o final da nossa vida aqui na Terra e percebemos que não nos
preocupamos com o que realmente tinha valor.
Minha dica então é: volte na primeira pergunta que fiz e a
responda de novo, porém, alicerçando todo o raciocínio no “Ser”. Aí sim você
estará apto para aplicar sua força no que realmente deve “fazer” e então
receber a recompensa, que será “ter” o que desejou. E lembre-se: pessoas
felizes e realizadas sabem que a melhor maneira de colocar o ser na base é se
conhecendo melhor.
Se tiver dificuldades no desenvolvimento ou até no
entendimento disso, busque ajuda profissional - não tenha a menor vergonha,
receio ou dúvida - afinal, trata-se da sua vida! A partir daí aprenda a criar e
a “pilotar” de forma eficiente e eficaz os seus desejos, para que eles sejam os
condutores do verdadeiro sucesso e da verdadeira felicidade.
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