“Do mesmo modo que aquele
que fere ao outro fere a si próprio, aquele que cura, cura a si mesmo”. (C. G.
Jung)
Quero refletir hoje com você
a beleza da inteligência que desabrocha do propósito desta frase de Jung.
Ferindo
alguém, em atos ou pensamentos, estamos igualmente nos ferindo e prejudicando,
pegando o caminho inverso da magnitude da vida humana, da essência a que fomos
criados; e não tem como chegar ao destino indo pelo caminho inverso. Todos nós
estamos vendo isso claramente no desenrolar da vida aqui na Terra, porque infelizmente
a maioria insiste nessa inversão - a principal causa dos males que assolam de
muitas formas nossa humanidade, dando a causa da maioria dos problemas
emocionais.
Entretanto,
quando curamos (fazendo o bem), estamos atingindo positivamente a nós e ao
outro. A sincronia da dicotomia desta frase aparece quando os caminhos se
cruzam no entendimento de que só o caminho do bem conduz ao bem - o único
destino que vale a pena - emocional e fisicamente.
Ah
se nossas crianças fossem bem educadas e treinadas desde cedo no domínio e no
gerenciamento correto das emoções, no entendimento da importância dos valores e
da ética...
Faço
então um apelo a você que acredita num mundo melhor e quer realmente fazer algo
por esse ideal, sendo um construtor da sincronia que inteligentemente Jung nos
alerta... O apelo é para que você se livre do maior obstáculo que prende as
pessoas atualmente e age sem respeitar classe social, idade, crença, enfim,
ataca todo e qualquer ser humano, limitando, prendendo e alienando, na raiz.
Veja
que história perfeita para elucidar...
Um Rei recebeu dois lindos
pássaros de presente e entregou para serem treinados. Algum tempo depois,
recebeu a informação de que somente um conseguira alçar voo. O outro não havia
saído do seu galho desde o dia que tinha chegado ali.
O rei então fez de
tudo... chamou os curandeiros e
feiticeiros de toda a região e nada! Após tentar tudo, o rei decidiu chamar
alguém mais familiarizado com a vida no campo para compreender a natureza do
problema. Então ele gritou para a sua corte: "Encontrem um fazendeiro!”
No dia seguinte o Rei se
emocionou vendo o pássaro em pleno voo. Ele disse à sua corte: "Tragam-me
a pessoa que fez esse milagre”.
A corte rapidamente trouxe o
fazendeiro para o Rei, que lhe perguntou: "Como você o fez voar?"
Com a cabeça baixa, o
fazendeiro disse: "Foi muito fácil, Sua Alteza. Eu simplesmente cortei o
galho onde o pássaro estava sentado!"
Meu caro leitor (a), que sua
meta seja agora tirar o galho onde você está sentado...
O galho de não acreditar ou
perseguir os seus sonhos sem dúvidas ou medos, desde agora!
O galho de valorizar o que
na verdade não tem valor e achar que aquela pessoa que você realmente merece e
que às vezes está ali pronta para trilhar o caminho correto e enfrentar tudo ao
seu lado com superação, não é a pessoa ideal...
O galho de não querer entrar
na segunda milha!
O galho de não saber
enxergar o bem que você faz a você mesmo, ao outro e ao mundo quando exerce a
gratidão!
Os galhos de nossos
sabotadores, como a negação de nossos defeitos, o medo da rejeição, do
comprometimento, do fracasso, do sucesso, o galho das obsessões, dos traumas...
O galho de achar que o que você pode fazer hoje dá para esperar... Será que vai
dar tempo de fazer depois? O tempo (agora)
é a única coisa que realmente temos. Todo o resto não é nosso e vamos devolver
a “qualquer” momento.
Tantos galhos... Descubra e
se livre dos seus!
E saiba também que, dentro
de cada problema sempre há uma oportunidade de melhoria ou solução e é
exatamente aí que as coisas passam a valer a pena. Não fuja. Não tenha medo de
voltar atrás.
Fuja sim do que aprisiona o
seu próprio pensamento, muitas vezes sem você mesmo perceber...
Com comprometimento e
esforço, você pode tornar realidade o que imagina.
Trabalhe a seu favor, e não
contra você!
A sincronia de Jung só vai acontecer
quando você se curar e, então, curar o outro. Aí se prepare, pois a partir
desse momento você vai se encontrar com a verdadeira liberdade, com a
verdadeira felicidade.
Como sabiamente disse Rubem
Alves: “Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem
passeia por eles”.
(Artigo também publicado no Jornal de Piracicaba do dia 27 de Agosto)
(Artigo também publicado no Jornal de Piracicaba do dia 27 de Agosto)
Comentários
Postar um comentário