Ana Luisa, uma das gêmeas, nasce. A mãe, inesperadamente, entrega as duas para a Febem e elas lá permanecem até completarem 18 anos. Só quem sabe o que é crescer sem um pai ou sem uma mãe - ou sem os dois – consegue descrever o que é não ter o calor, o amor, o carinho, a atenção e a ajuda de quem deveria amá-lo (a) de verdade.
Pois bem, esse foi o início da história de Ana Luiza dos Anjos. Em datas especiais, como Natal e Ano Novo, por exemplo, via com dor no coração outras crianças ganhando atenção, presentes, visitas; no entanto ela continuava na Febem, sem nenhuma atenção ou carinho. Cresceu desconfiada e fria, pois, além de tudo, sofreu maus tratos de funcionários da Instituição e de crianças mais velhas.
Quando saiu, tentou trabalhar na casa de uma família, mas fugiu roubando coisas da dona da casa. Então foi pra rua e ficou lá por 16 anos, consumindo drogas e assaltando.
Entretanto, um dia o destino dela começou a mudar enquanto assistia o filme “Carruagens de Fogo”, que conta a história de dois atletas. O filme despertou sua vontade de correr numa competição de verdade, e não da polícia... Com tênis roubado, foi uma das últimas a terminar a prova, mas essa prova mudou sua vida! Ela não quis voltar para a vida de crime. Continuou correndo e treinando. Especializou-se na meia maratona. Hoje, aos 53 anos, é uma grande campeã da categoria máster. Já venceu a de Santiago, da Disney e de Miami.
Caro leitor, vamos à reflexão de hoje. Negociar. Fazemos isso em praticamente 80% do nosso tempo, desde que nascemos. Veja a importância dessa competência...
Ana foi perceptiva a um chamado, assim como todos nós também somos chamados à felicidade, sempre. Entretanto, o não entendimento ou o uso errôneo do livre arbítrio, sabota impiedosamente o ser humano.
Saiba que, independente de você ser um bom negociador ou não, você é hoje o que decidiu até hoje, nas muitas negociações que fez com você mesmo e com os outros. Nações são hoje o que decidiram no passado. Empresas serão amanhã o que estão decidindo hoje!
Ana entendeu o “recado”, recebeu uma proposta, negociou consigo mesma sua vida (e certamente teve que negociar muito e com muita gente) e no final transformou seus resultados.
Falamos na semana passada sobre João do Pulo. Por algum motivo ele sucumbiu ao livre arbítrio, não negociou bem consigo, com pessoas e com a vida. Algo faltou e não cabe aqui julgarmos, mas sim aprendermos com as lições da vida.
“A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria tem medo de responsabilidade”. Freud, nesta frase, sintetiza muito bem nossa reflexão de hoje. Você pode achar um paradoxo, mas essa frase está mais viva do que nunca, no pessoal e no profissional...
O mundo quer hoje o caminho mais fácil, mais rápido, ou seja, com cada vez menos responsabilidade. Informação vale mais que conhecimento e o “me engana que eu gosto” vai tomando os espaços físicos e emocionais. Triste ilusão, sabotando cuidadosamente a felicidade de muita gente. A liberdade real – consequência da felicidade real – é um patrimônio que muitos até afirmam ter, ou acham ter, mas infelizmente ainda não se conhecem o bastante para entenderem a profundidade do tema.
Empresas quebram, pessoas são demitidas, relacionamentos não fazem pessoas felizes, muita gente não consegue se entender ou mesmo vislumbrar seu grande potencial, homens matam mulheres que não os querem, padrastos violentam enteados, homens e mulheres não conseguem mais amar ou se entregar a alguém, ética é coisa de gente boba, sexo e emoção são sinônimos de realização, “ter” coisas” é “ser” alguém... E vou além: quem não pensa assim é considerado “reacionário”!
Mas, o que negociação tem a ver com tudo isso? Tudo! Decisões são frutos dela e conhecimento é a base de decisões inteligentes.
Busque, aprenda, recicle, inove, transforme, evolua.
Um dia Steve Jobs disse: "Eu quero colocar uma marca no universo”.
E você, que tipo de “marca” quer deixar no universo?
(Artigo também publicado no Jornal de Piracicaba do dia 10 de setembro)
Pois bem, esse foi o início da história de Ana Luiza dos Anjos. Em datas especiais, como Natal e Ano Novo, por exemplo, via com dor no coração outras crianças ganhando atenção, presentes, visitas; no entanto ela continuava na Febem, sem nenhuma atenção ou carinho. Cresceu desconfiada e fria, pois, além de tudo, sofreu maus tratos de funcionários da Instituição e de crianças mais velhas.
Quando saiu, tentou trabalhar na casa de uma família, mas fugiu roubando coisas da dona da casa. Então foi pra rua e ficou lá por 16 anos, consumindo drogas e assaltando.
Entretanto, um dia o destino dela começou a mudar enquanto assistia o filme “Carruagens de Fogo”, que conta a história de dois atletas. O filme despertou sua vontade de correr numa competição de verdade, e não da polícia... Com tênis roubado, foi uma das últimas a terminar a prova, mas essa prova mudou sua vida! Ela não quis voltar para a vida de crime. Continuou correndo e treinando. Especializou-se na meia maratona. Hoje, aos 53 anos, é uma grande campeã da categoria máster. Já venceu a de Santiago, da Disney e de Miami.
Caro leitor, vamos à reflexão de hoje. Negociar. Fazemos isso em praticamente 80% do nosso tempo, desde que nascemos. Veja a importância dessa competência...
Ana foi perceptiva a um chamado, assim como todos nós também somos chamados à felicidade, sempre. Entretanto, o não entendimento ou o uso errôneo do livre arbítrio, sabota impiedosamente o ser humano.
Saiba que, independente de você ser um bom negociador ou não, você é hoje o que decidiu até hoje, nas muitas negociações que fez com você mesmo e com os outros. Nações são hoje o que decidiram no passado. Empresas serão amanhã o que estão decidindo hoje!
Ana entendeu o “recado”, recebeu uma proposta, negociou consigo mesma sua vida (e certamente teve que negociar muito e com muita gente) e no final transformou seus resultados.
Falamos na semana passada sobre João do Pulo. Por algum motivo ele sucumbiu ao livre arbítrio, não negociou bem consigo, com pessoas e com a vida. Algo faltou e não cabe aqui julgarmos, mas sim aprendermos com as lições da vida.
“A maioria das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve responsabilidade, e a maioria tem medo de responsabilidade”. Freud, nesta frase, sintetiza muito bem nossa reflexão de hoje. Você pode achar um paradoxo, mas essa frase está mais viva do que nunca, no pessoal e no profissional...
O mundo quer hoje o caminho mais fácil, mais rápido, ou seja, com cada vez menos responsabilidade. Informação vale mais que conhecimento e o “me engana que eu gosto” vai tomando os espaços físicos e emocionais. Triste ilusão, sabotando cuidadosamente a felicidade de muita gente. A liberdade real – consequência da felicidade real – é um patrimônio que muitos até afirmam ter, ou acham ter, mas infelizmente ainda não se conhecem o bastante para entenderem a profundidade do tema.
Empresas quebram, pessoas são demitidas, relacionamentos não fazem pessoas felizes, muita gente não consegue se entender ou mesmo vislumbrar seu grande potencial, homens matam mulheres que não os querem, padrastos violentam enteados, homens e mulheres não conseguem mais amar ou se entregar a alguém, ética é coisa de gente boba, sexo e emoção são sinônimos de realização, “ter” coisas” é “ser” alguém... E vou além: quem não pensa assim é considerado “reacionário”!
Mas, o que negociação tem a ver com tudo isso? Tudo! Decisões são frutos dela e conhecimento é a base de decisões inteligentes.
Busque, aprenda, recicle, inove, transforme, evolua.
Um dia Steve Jobs disse: "Eu quero colocar uma marca no universo”.
E você, que tipo de “marca” quer deixar no universo?
(Artigo também publicado no Jornal de Piracicaba do dia 10 de setembro)
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