No parque, uma mulher
sentou-se ao lado de um homem. Ela disse:
“aquele ali é meu filho, deslizando no
escorregador”. “Um bonito garoto”, respondeu o homem - e completou: “aquela de
vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha”.
Então, olhando o relógio,
o homem chamou a sua filha: “Melissa, o que você acha de irmos?” “Mais cinco
minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!”
O homem concordou e
Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração. Os
minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha: “Hora de
irmos agora?” Mas, outra vez Melissa pediu: “Mais cinco minutos, pai. Só mais
cinco minutos!”
O homem sorriu e
disse: “Está certo!”
A mulher então disse:
“O senhor é certamente um pai muito paciente”. O homem sorriu e disse: “O irmão
mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando
montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e
agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele. Eu me
prometi não cometer o mesmo erro com Melissa. Ela acha que tem mais cinco
minutos para andar de bicicleta. Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos
para vê-la brincar...”
Em tudo na vida
estabelecemos prioridades, mas preciso te convidar a fazer uma reflexão comigo:
como estamos utilizando nosso tempo? Quais são as nossas
"prioridades"?
Em uma de minhas
palestras trato da famosa "Gestão do Tempo". Entretanto, constatei na prática que há um fator “sine
qua non”, que, se não fizer o seu papel, tornará inútil qualquer conhecimento ou
aplicação da Gestão do Tempo e é coerentemente
fácil chegar a esta conclusão, porque nem tudo o que nos parece “importante” ou
então nos “diverte” está realmente cumprindo este papel. Nem tudo é ou tem que
ser prioritário como pensamos que seja e nem tudo o que é necessário é
indispensável...
Eficiência não é eficácia. Há muita
gente “matando o tempo”, tentando fazer as coisas da maneira “certa”,
entretanto... escolhendo coisas “erradas” para fazer! Há também o perigo de
inserirmos em nossa vida pessoas que roubam nosso tempo ou nos influenciam no
sentido oposto da nossa real necessidade.
Portanto, além
de transmitir às pessoas técnicas para melhor gerir o tempo, também ensino a mergulharem
dentro de si mesmas e refletirem sobre “o que” está sendo colocado e preenchido
no “tempo” de cada um...
Um dos maiores líderes do Cristianismo, o Apóstolo Paulo,
disse: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém” e essa é uma transformadora
verdade.
As pessoas estão se “embriagando” em influências, mas
isso não significa que precisamos delas. O tempo... O que colocamos nele...
A base da Filosofia é a reflexão. E a reflexão tem o
poder de transformar. Portanto, te convido a refletir sobre algumas provocações
que te ajudarão a entender o objetivo deste artigo e o perigo da falta de
entendimento da palavra “tempo”. Gestão dele? Isso vem depois, desde que tenha
sintonia, logicamente!
Existem algumas “palavras chaves” quando se fala sobre a
“Gestão do Tempo”: metas, tarefas, prioridades, programação, procrastinação,
comunicação, tecnologia, etc. Vamos confrontar isso agora com um dos principais
pensamentos de Freud: “...a decisão deve vir do inconsciente, de algum lugar
dentro de nós. Nas decisões importantes da vida pessoal, devemos ser governados
pelas profundas necessidades íntimas da nossa natureza”. Explico: nada neste
mundo terá a forma que te realizará pessoal ou profissionalmente, se a base, o
nascimento e o desenvolvimento não tiver conteúdo e não vier de dentro de você.
E garanto: pouca gente nesse mundo tem o autoconhecimento suficiente para
gerenciar esta magnífica ferramenta.
O que você faz é o que você nasceu para fazer? Quem está
ao teu lado é a pessoa que você (pelo menos) quer fazer realmente feliz a todo
momento e a que te proporciona isso? Você é a pessoa que você realmente
gostaria de ser se você se olhar de um plano maior? Você está construindo um legado
que te orgulhará nos últimos momentos de sua vida? O que você tem reflete
eticamente o que você realmente precisa?
“Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua
ignorância e será sábio”. Com essa frase, Sócrates apenas nos deu a dica de
como “tudo” deve começar...
(também publicado no Jornal de Piracicaba do dia 15 de outubro de 2016)
o nosso tempo é muito curto pra ser desperdiçado,ótimo artigo parabéns!!!
ResponderExcluirvc está certa.. curto, precioso, único... Obrigado!
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