O Encontro...

          O que nos leva a agir muitas vezes de forma diferente de como gostaríamos? Por que sentimos mais vontade de estar ao lado de quem não nos merece ou não nos valoriza o suficiente? Por que frustrações depois de decisões tomadas? Para que tantos planos se a maioria não se realiza? Ou o que faz tanta gente não ter planos? Por que buscar em relacionamentos sempre o mesmo tipo de pessoa? Por que não conseguir se firmar com alguém ou então porque se entregar a uma vida superficial, baseada em trocas de parceiros, em companhias ou diversões supérfluas, achando que esse é o verdadeiro prazer, a verdadeira felicidade e a verdadeira liberdade? Trabalhar e ganhar dinheiro, mas não ser feliz e realizado? Acordar de manhã e não ter motivação a altura para fazer mais do que se tem a fazer? “Eu era tão diferente antes... Parece que perdi o controle da minha vida, afinal, qual o sentido disso tudo?”

          Enfim, poderia acrescer uma série de questionamentos que cada vez mais pessoas se fazem a todo momento – cada qual com esse ou aquele - mas garanto que é muito dolorido emocionalmente e fisicamente (por consequência) viver com qualquer uma dessas dúvidas.

“Aquele que não é capaz de se governar a si mesmo não será capaz de governar os outros”. Foi Mahatma Gandhi que fez esse poderoso, abrangente e profundo alerta. Te convido a refletir nele...

É uma premissa antiga e já comprovada, entretanto, está se tornando cada vez mais imprescindível o ser humano possuir uma maior percepção sobre si mesmo e isto só se consegue através do autoconhecimento. É ele também que nos habilita a resolver crenças limitantes, embutidas em nós no decorrer de nossa vida. É ele que eficientemente retira de nós o que nos faz mal e nos causa contradições ou conflitos internos; o que nos atrapalha sensivelmente em tantas áreas de nossa vida. Pelo autoconhecimento é que conseguimos descobrir nossos potenciais escondidos, conhecer de frente e objetivamente nossos defeitos e corrigi-los na raiz, valorizando, dinamizando e, principalmente, utilizando nossas virtudes para uma evolução alicerçada, nos transformando em seres diferenciados.

          A boa notícia é que, quando esse tipo de reflexão vai tomando corpo e incomodando, é sinal de que o processo de autoconhecimento está pedindo passagem na sua vida. Você sente que precisa tomar o controle dela e parar de depender do que os outros acham que você deve fazer ou então para definitivamente se libertar de tanta dúvida e sofrimento.

     Quer eliminar a insegurança, o medo, os traumas, os vícios, as crenças ou as obsessões que o amarram de dar sentido a sua vida e fazê-la progredir? Te incomoda querer sempre o caminho mais cômodo?

        Não deixe de aceitar esse maravilhoso convite que vem lá de dentro de você, e eu diria mais, que vem do seu verdadeiro eu, querendo despertar em você. Se no decorrer da sua vida você se perdeu de você mesmo, não duvide que existe a cura. Érico Veríssimo entendeu isso de maneira sábia e traduziu de maneira eficaz, quando disse: “Na minha opinião existem dois tipos de viajantes: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar.”

          Nesta vida não há espaço para fuga e nem para postergação. Quem faz isso entrega a própria vida ao acaso e – se acorda – acorda tarde. Há muita gente de olhos abertos, mas que não está enxergando nada.

         Ajuste-se a você, não ao mundo. Ao contrário do que muitos pensam, fazer terapia não é sinal de loucura ou de fraqueza. É o contrário. Na verdade é uma clara demonstração de evolução, de coragem e lucidez para mudar a rota que não te faz pleno, feliz e realizado.

         Existem excelentes abordagens na terapia, então, o que você precisa é buscar um profissional que, em primeiro lugar, tenha a genuína vontade de realmente te ajudar, aliada a competência para encontrar a forma ideal de te conduzir nesse maravilhoso caminho do encontro consigo mesmo, o que trará uma vida completamente diferente para você.

        Não tenha dúvidas de que você conseguirá, pois, como disse Platão, “Vencer a si próprio é a maior das vitórias.”

            E é por isso que te desejo um feliz e decisivo encontro!




(Artigo publicado no Jornal de Piracicaba, dia 5 de novembro de 2016).
           
           

            

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