Segundo a OMS, a cada
40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. E o Brasil está no oitavo lugar
deste triste “ranking”. As causas estão relacionadas principalmente à
depressão, transtornos, problemas socioeconômicos, bipolaridade, abuso do uso
de drogas e álcool, pressão e estresse.
Uma
triste realidade, agravada principalmente pelo preconceito e pelo silêncio. É
preciso, sim, falar sobre suicídio, ao mesmo tempo em que é preciso (também)
saber falar sobre este assunto.
Cada
ser humano tem seu limite. Cada ser humano tem sua capacidade de enfrentamento.
Um problema para determinada pessoa pode ter efeitos catastróficos que – ao
mesmo tempo – nem chega a afetar outra pessoa.
Judas
Iscariotes, Marilyn Monroe, Van Gogh, Leila Lopes, Getúlio Vargas, Elvis
Presley, Elis Regina, Walmor Chagas, Whitney Houston, Robin Williams, Amy Winehouse, Anna Nicole Smith, Elis Regina, etc. A lista é enorme,
infelizmente.
Vamos
além neste raciocínio? Citei várias pessoas “famosas”, entretanto, o suicídio
não respeita categorias! Ele invade todas as classes sociais, credos e raças,
sem exceção ou distinção. E a enorme relação de pessoas famosas (e não famosas)
que já tentaram suicídio? E a (também) enorme relação de pessoas que pelo menos
já pensaram em acabar com a própria vida? Você já pensou em se matar? Não se
esqueça de que tudo tem um começo, um meio e um fim. É preciso entender que só pelo
fato do pensamento ter existido já pode estar latente a potencial gravidade da
situação. Não se entregue ao silêncio. Não se deixe vencer pela falta de
conhecimento. Não aceite o preconceito.
Um
dos grandes obstáculos para o avanço da sabedoria no mundo atual é a confusão que
as pessoas fazem entre informação e conhecimento. A cada dia – auxiliados
paradoxalmente pelo “avanço” da tecnologia – muitos se acham bem informados,
mas, na verdade, estão na contramão do conhecimento.
Enfim,
pensamento, tentativa ou o ato do suicídio revela que a pessoa está enfrentando
sentimentos os quais não está preparada para lidar, e portanto, necessitando de
ajuda. Suicidas querem viver, porém, não encontram outra saída para acabar com
o sofrimento e, muitos, inclusive, já estão praticamente mortos - mesmo sem
terem praticado o suicídio!
Para
a OMS, “aumentar a conscientização e quebrar o tabu é uma das chaves para
alguns países progredirem na luta contra esse tipo de morte”. Se
você tem pensamentos suicidas ou conhece alguém que tenha, é importante
entender que existe um caminho para a solução. É preciso diálogo aberto e
objetivo sobre o assunto.
“Baleias
azuis” estão só na ponta do iceberg... É uma parte do problema. A solução, como
sempre digo, está nas causas, nas raízes. As influências são muitas e variadas...
Todas as pessoas que se mataram estavam na busca desesperada de uma saída para
o problema psíquico que viviam e não devemos julgar as causas, mas sim
conhecê-las, tratá-las!
Independentemente
da idade ou classe social, é imprescindível o acompanhamento profissional para
prevenir casos de suicídio ou de tentativas de suicídio. Os indícios aparecem,
basta querer descobri-los.
Diferentes
tipos de jogos, facetas ou influências subliminares, um conhecido seriado, uma
palavra dura, a fragilidade psíquica em lidar com algumas situações da vida, um
passado complicado, traumas, um golpe emocional, um transtorno, a depressão, enfim,
muitas são as causas, mas a vida deve sempre vencer. O suicídio é o último dos gritos.
Vença o preconceito. Vença a dúvida. Vença o silêncio.
"Quando
uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida". (Augusto
Cury)
Você
ainda está realmente vivo?
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