Não
raramente nos perguntamos até onde devemos ou então podemos ir em determinada
situação ou com determinada pessoa. Da mesma forma, é cada vez mais comum
assistirmos crimes violentos, às vezes até com os chamados “requintes de crueldade”,
ou então, somos pegos de surpresa por atitudes surpreendentemente estranhas ou
incoerentes de pessoas que antes estavam “acima de qualquer suspeita” (para nós).
Quem já não se frustrou com alguém próximo ou até famoso? Vamos entender tudo
isso como preparação para o tema de hoje.
Em
primeiro lugar, é importante aprender que, em se tratando de ser humano, não é
seguro navegar na previsibilidade. Se você entender e praticar isso, certamente
deixará de se surpreender negativamente com muitas situações. Acrescento a este
raciocínio, uma verdadeira lição de Jung para todos nós, quando ele diz: “Conhecer
a sua própria escuridão é o melhor método para lidar com as trevas das outras
pessoas”.
Cada
um tem sua história, suas crenças, seu mapa mental e ninguém é igual a ninguém.
Entretanto, o que mais tem criado verdadeiros labirintos emocionais nas pessoas
é o que chamamos de “apego”. E aqui começa nossa reflexão desta semana.
Do
nascimento à morte precisamos das pessoas. Não se pode negar essa verdade
(mesmo que os orgulhosos insistam em querer driblá-la). Portanto, o apego é
saudável e necessário. O problema acontece quando ele se transforma em
dependência, vício e perde seu teor verdadeiro e equilibrado, se tornando - na
maioria dos casos – o combustível da ansiedade e de tantos outros problemas.
Portanto,
caro leitor, veja a importância de entendermos que cada um tem sua história. Uma
criança que na infância recebe apoio e proteção de alguém para os momentos de
decisão, ou seja, é amparada e “educada emocionalmente” e com disciplina, terá
enormes chances de ser um adulto equilibrado, confiante e pronto para gerir com
autonomia e segurança as diversidades que terá no decorrer da vida. Mas existem
também muitos casos dos que transferem para as crianças suas ansiedades,
problemas, preocupações e, pelo conjunto de tudo isso, vemos consultórios de
terapia e psiquiatria cheios de adultos que não conseguiram romper com essas
“informações” recebidas ao longo da vida. Mas parabéns para eles, pessoas que
entendem o valor e a importância do reconhecimento e da busca de ajuda para a
transformação, enquanto há tempo para ela.
Infelizmente,
há muito vazio emocional e muita falha nos processos de educação da emoção, e,
automaticamente, o psíquico vai em busca de “soluções”, “substituições”, “preenchimentos
desses espaços”; só que os resultados estão aí pelo mundo, para não deixar nenhuma
dúvida sobre esta reflexão de hoje. Pessoas querendo receber tudo das outras,
mas sem oferecer o proporcional. Gestores exigindo além do que podem de suas
equipes, achando que estão fazendo um “bom serviço”, mas na verdade destruindo
potenciais. Mulheres ou homens “viciados” num namoro, num casamento, com medo
de perder este “suporte” que, logicamente, está preenchendo algum vazio ou
tentando resolver algo que não foi resolvido no passado. Ou viciados em tantas
outras coisas...
Nós,
seres humanos, buscamos querer controlar tudo e aí nasce o sofrimento. Costumo
sempre orientar as pessoas sobre o “controlável e o incontrolável”. Faça o que
está ao seu alcance, dê o melhor de você naquilo que você acredita e pode fazer.
Mas não queira entrar no campo do incontrolável, porque ali você apenas se
machuca e, mesmo assim, não tem êxito. Faça a sua parte bem feita e relaxe -
sem traumas ou culpas - pois o incontrolável definitivamente não te pertence.
Se
você tem vazios que estão sendo preenchidos de forma errada ou algo que não
ficou bem resolvido, não hesite em buscar equilibrar e resolver isso. Todos nós
somos produto de nossa história e, se quisermos “acertar” algo, temos que mexer
nisso, ajustando nossas “velas interiores”.
A
única coisa que existe entre os seus objetivos e a realização deles, são seus
pensamentos limitantes! Vença-os e seja feliz!
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