Na maioria dos casos de homicídio e suicídio, há uma situação
intrínseca de bullying. Estamos tratando do tipo de violência que mais cresce
no mundo. Infelizmente, a falta de conhecimento e conscientização deste sério
problema é mais uma vez o motivo de tanta gente sofrer e morrer. Violência que
pode ser demonstrada de forma verbal ou física, mas de igual intensidade de
terror para suas vítimas. A diferença, se assim podemos chamar, é que na
violência física, temos algo concreto a enxergar, mas na violência verbal ou
moral, o sofrimento é silencioso e imperceptível aos olhos de quem não está
passando por ele.
Fala-se
muito, mas pouco é feito para erradicar essa violência da face da terra. Pais
precisam observar e entender melhor seus filhos, professores e escolas mais
atentas a esse assunto e às suas causas; políticos e organizações precisam
entender melhor esse tema e agir com mais intensidade. A humanidade precisa
colocar sua atenção na prevenção dessa violência, que avança sem piedade.
Legisladores precisam olhar com atenção redobrada para o bullying.
Quem o
pratica, tem a necessidade de demonstrar sua força, sentir-se poderoso. Lógico,
se tem esta necessidade é porque algo está faltando ou então certamente não
está bem resolvido dentro dele. Uma pessoa que precisa de ajuda e que, por
algum motivo, não procura ou não se empenha em resolver-se.
Na história
da maioria dos criminosos ou dos suicidas, há alguma evidência de bullying,
praticado ou recebido.
Estamos numa
era de muita informação e pouco conhecimento e, o pouco conhecimento, não tem
se transformado em comportamento, o que deixa esse mundo perigosamente teórico
e incoerente.
O bullying é
mais um triste exemplo das consequências que os problemas emocionais – que
crescem assustadoramente – estão causando neste Planeta.
Precisamos
lutar para que o respeito, a ética e a tolerância sejam cada vez mais
valorizados e as crianças precisam entender isso desde cedo, se quisermos uma
sociedade mais humana e justa. Inteligência emocional não deve ser assunto só de
adultos...
Por outro
lado, estatísticas apontam que praticamente 50% das crianças e adolescentes que
sofrem bullying não procuram ajuda. Se fecham em seus problemas, angústias e isso
torna o quadro cada vez mais devastador.
Nesta
violência, três grupos entram em campo: autores, vítimas e espectadores.
Precisamos nos unir para enfrentá-la. Autores precisam se encontrar consigo
mesmos, resolver seus problemas interiores. Vítimas precisam se abrir, falar,
procurar ajuda, denunciar. Espectadores devem entrar no palco e atuar como
protagonistas para que atitudes sejam tomadas efetivamente contra o bullying.
Seres
humanos não são iguais. O que para você é suportável, para o outro talvez não
seja. Aí entra o respeito. Uma simples brincadeira ou uma humilhação pode
liquidar com a vida de alguém, de maneira rápida ou lenta, seja pessoalmente ou
via internet, o que neste caso chamamos de cyberbullying.
Escolas
precisam estar atentas a situações que possam se enquadrar nesse tipo de
violência e atuar imediatamente para coibi-la.
Fim do
preconceito, conscientização, conhecimento aliado a comportamento. Evolução.
"O voo até a Lua não é tão
longe. As distâncias maiores que devemos percorrer estão dentro de nós
mesmos." (Charles de Gaulle)
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