“A morte é o alvo de tudo que
vive”. Com essa frase, Freud contribui de forma expressiva a um melhor
entendimento do tema de hoje, afinal, ninguém consegue evitar a velhice (por
mais que tente), mesmo porque é um processo natural e passamos a envelhecer
desde o momento que somos concebidos.
Enfim, se foi construído, vai irremediavelmente
ser destruído. Cientificamente provado. Basta estudar termodinâmica, entropia,
e tantas leis já tão comprovadas. Então, se tudo foi feito para acabar e se
somos parte do universo, não fugiremos à regra!
Com isso, quero levar meu caro
leitor a refletir que, através da compreensão dessa premissa, chega-se
facilmente à conclusão de que não adianta nos preocuparmos. Nada vai mudar essa
lei. É natural, real e o que nos resta é “viver”; no presente, cada momento a
cada momento...
Tudo vai se desgastando...
Portanto, relaxe! Aproveite cada instante, intensamente, utilizando a sábia
ferramenta do “controlável e incontrolável”.
Quanto mais você desejar o
passado, menos irá desfrutar o presente. Quanto mais você querer ser jovem,
menos será!
O que passou, passou! Não vai
mais voltar. Você apenas e tão somente vai “perder tempo”, literalmente e
emocionalmente... Volte a você mesmo. Equilibre-se no que é e no que deseja
ser, não no que foi nem no que será. Isso é ser feliz.
Abandone o que você foi ou
quem traz “peso” para sua vida. Busque o que e quem te traz “combustível”.
Plástica? Pura ilusão e
desperdício de dinheiro, pois você não vai voltar a ser o que era... Explico: o
que manda, realmente, não é o corpo, mas a mente, a raiz de tudo. E para ela, a
melhor plástica é a inteligência emocional e o autoconhecimento. Atitudes
eficazes vão no foco! Atitudes ineficazes alimentam a incoerência interna, são
utópicas e base para o vazio existencial. E o resto da história todos
conhecem...
Quanto mais lutamos contra as
leis naturais mais alimentamos a depressão, a ansiedade e o stress, além das consequências
desastrosas da obsessão pela eterna juventude e pelos prazeres ilusórios, cada
vez mais intensos e provocados pela imersão ao superficial, uma das principais
características do mundo “moderno”, que faz com que as pessoas acreditem que
estão cobrindo buracos, mas na verdade só aumentam a profundidade deles.
Sofrer é viver ou reviver algo
que não deve existe mais e que você ainda não conseguiu superar. Viva cada fase
intensamente. Invertê-las é caminho desastroso para a alma, sem contar a
“culpa” que nasce desse desencontro. Se não viveu o que deveria ser vivido,
paciência, esqueça, não viva mais. Viva o que pode ainda ser vivido, na real,
como você é (por dentro, não por fora).
A única coisa que temos é o
presente. O agora. Não se preocupe com o que não te pertence. A maioria não
entende o valor disso como entende outros valores. O que você tem feito com
seus filhos, sua esposa, seu marido, pais, família, sua saúde, seu emocional,
com os detalhes que realmente valem a pena, com cada momento do presente? O
legado que você quer deixar é financeiro ou espiritual?
Não espere amanhã para
celebrar você, a vida e as pessoas. Não espere se conhecer quando você não
estiver mais aqui.
“Nós não paramos de brincar
porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de brincar.” (George
Bernard Shaw).
(Publicado também no Jornal de Piracicaba, edição do dia 30/06/18, em coluna do autor)
(imagem da internet)
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