Sedutora,
mas desastrosa. Essa é a zona de conforto. Fazer o que é mais fácil, reclamar
dos outros, mas não trabalhar os próprios defeitos, cobrar ferramentas, mas não
usar as que tem, afinal, para que gastar energia extra se a que gastamos já
está “bom”? Para que iniciar algo novo, enfrentar um desafio ou olhar para algo
com outros olhos? Para que realizar o que nos tira da inércia?
Lamentar é
mais fácil do que lutar. “Terceirizar” responsáveis é muito mais cômodo do que
assumir o erro, fazer algo positivo ou ajudar na busca da solução do problema. Esperar
é mais cômodo do que seguir. A zona de conforto nos leva à ilusão de foco (tema
para um outro artigo) pela sua terrível função de separar pessoas de sua
essência, de sua inteligência.
Quando não
nos sentimos capazes de fazer algo, quando sentimos inveja, quando não nos
empenhamos para evoluir, a zona de conforto nos leva ao que disse Freud, em
1909: “Quando não somos capazes de entender alguma coisa, procuramos
desvalorizá-la com críticas. Um meio ideal de facilitar nossa tarefa”.
É
gratificante ver pessoas que tomam a iniciativa de me procurar e após alguns
aconselhamentos descobrem que a vida não era aquilo que eles acreditavam ser,
aprendem ferramentas poderosas de transformação e começam uma nova vida, livres.
Sair da zona de conforto faz parte dessas ferramentas, pois estamos falando de
uma atitude de sabedoria que proporciona sentido à vida, realização, paz
interior e felicidade.
Procure
observar as características das pessoas bem-sucedidas na vida pessoal ou
profissional... Elas não falam “das” pessoas, elas falam “para as pessoas”.
Isto porque pessoas de sucesso não guardam problemas, resolvem. Quando você
guarda algo dentro de você que não é bom ou não te traz paz, você apenas está
deixando uma “bactéria” emocional crescer e te consumir aos poucos. E nestes
casos, não tratar dela diretamente com a pessoa que você tem o problema vai ser
pior ainda, porque nas folhas não se resolve nada, só na raiz. Perceba que,
então, o problema é e está com você, não com os outros.
Pessoas de sucesso vão
além, buscam alternativas positivas e produtivas. Não se vingam, se compreendem
e, a partir dessa revolução interna, passam até a ajudar essas pessoas que
antes tinham mágoa ou algum tipo de problema. Pessoas de sucesso não trocam o
endereço dos problemas, mas recriam-se, para que os problemas sejam menores que
eles. Pessoas bem-sucedidas entendem que uma crítica recebida precisa passar
por um inteligente controle de qualidade interno e em seguida receber dois
direcionamentos: possibilidade de melhorar algo ou... a lixeira. Pessoas
felizes consigo mesmas e com o mundo praticam a inteligência emocional e se
esforçam para ter atitudes positivas diante de qualquer situação, criando
sempre um campo magnético repleto de atitude, positividade, ideias e não de
críticas, estagnação, sofrimento e discórdia.
Somos (hoje)
um produto fiel do que pensamos e fizemos até agora. E, como sabemos, passado
só nos traz experiência, pois não podemos mudá-lo. Portanto, sabedoria é
alterar nossos pensamentos e atitudes para obtermos resultados diferentes a
partir de agora e, para contribuir com isso, entendemos hoje que a zona de
conforto não vai por este caminho, pois traz estagnação, ilusão, perdas,
colapso. Deixo uma sugestão de pergunta para você fazer a si mesmo: “Quem quero
ser e onde quero estar daqui a cinco, dez ou vinte anos?”
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