Pesquisas se acumulam em livros e estatísticas
mostrando o que a maioria das pessoas revela nos últimos momentos da vida, seja
de forma abrupta ou em função de doenças terminais; em situação de riqueza ou
pobreza e sem exceção a qualquer tipo de classe. Impressionante é a
inter-relação das respostas, que tendem para um só foco: arrependimento,
frustração e mágoa. Cabe aqui uma análise: “essas pessoas se amaram?”
Somos imediatistas, mesmo
paradoxalmente planejadores. Vamos, normalmente, para o lado que achamos mais
prático, para o lado que nossas crenças, costumes, cultura ou influências nos
impulsionam - sem contar as ordens que desde a infância recebemos. Tudo isso,
juntamente com a rotina que envolve (ou escraviza), nos entrega “de bandeja” ao
piloto automático da existência.
A vida não deve ser como ela é. Ela deve ser como
você quer que ela seja. Mas muitos descobrem isso tarde, ou nunca. Registre: a
vida só será como você quer quando você “tomar as rédeas de si mesmo”. Agora,
se ela não for como você quer, prepare-se para sérios problemas. E aí se
completa o famoso termo que tem sido tão falado ultimamente:
“autoconhecimento”. Simples de entender: “o que é realmente dominado sem
conhecimento?”
Conhecimento... Assunto tão antigo e tão poderosamente atual, cada vez mais.
Conhecimento... Assunto tão antigo e tão poderosamente atual, cada vez mais.
Costumo dizer que é fundamental praticarmos a
dúvida. Duvide! “Por que tem que ser assim?” Não aceite as coisas como elas
chegam a você. Analise o que pode estar por trás delas, qual a finalidade. Não
só dos outros, mas principalmente de você mesmo, ou seja, faça-se a pergunta:
“Por que eu estou ansioso por causa disso?”; “Por que eu não aceito determinada
coisa?”; “Por que isso me faz sofrer?” “Por que eu não consigo isso ou
aquilo?”; Aprofunde-se, trabalhe verdadeiramente nisso e você terá excelentes
surpresas, se for perseverante.
Dúvida leva à reflexão e a falta de reflexão é paradoxalmente
o principal veículo que está conduzindo muita gente a um caminho sem direção. Nosso
psíquico busca a todo custo responder e resolver o que não está respondido ou
resolvido dentro de nós. Esse é um assunto extremamente sério e pouco
valorizado. É preciso entender que, se existe alguma pendência nesse sentido
dentro de nós, ele (psíquico) vai tentar resolver – seja da maneira que for. Portanto,
não tenha dúvida, o desequilíbrio entre o original (que nasce conosco) e a
cópia que podemos estar nos transformando (voluntariamente ou não), é a
principal causa dos desajustes, transtornos, frustrações e problemas que as
pessoas estão vivendo atualmente.
Precisamos ter a sabedoria da humildade e da
perseverança. Sair de nós mesmos e enxergar o que não estamos enxergando.
Na maioria absoluta das vezes tomamos decisões baseadas em nossa zona de
conforto, comodismo e outros “ismos”, retroagindo nossas vidas e deixando de
lado maravilhosas oportunidades de avançarmos para dimensões superiores, talvez
por orgulho ou pela escravidão da acomodação.
“A vida é uma grande universidade, mas pouco ensina a quem não sabe ser
um aluno”. (Augusto Cury)
“Um
homem entra em um edifício e chega ao elevador. O ascensorista pergunta:
- Para que andar vamos?
Responde o homem:
- Para qualquer um! Eu já estou no prédio
errado mesmo...”
Caro leitor (a), possivelmente você já deve
ter ouvido ou lido esta piada. Para mim, além de engraçada, ela traz como pano
de fundo uma extraordinária e profunda mensagem:
Você está no prédio que realmente gostaria de
estar?
(Artigo também publicado no Jornal de Piracicaba do dia 25 de março de 2017, em coluna semanal do autor).
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