O Mestre dos Mestres


Numa sociedade onde as doenças emocionais avançam assustadoramente, o domínio de si mesmo e o perfeito gerenciamento emocional de Jesus surpreende até mesmo os maiores especialistas no assunto.

Nos estudos sobre Jesus Cristo ao longo do tempo, prevalece o formalismo teológico, mas convido meu leitor a entender um outro lado – também espetacular – de um homem tão complexo, abrangente, intrigante, inteligente e equilibrado como Jesus, que não atuava sobre sintomas e sim sobre causas. Quem quer que se aventure a estudar este Mestre com seriedade e sem preconceitos, fica perplexo diante do que descobre.

Um carpinteiro, para o qual as estatísticas apontam existir atualmente mais de dois bilhões de seguidores. Mas quem foi Jesus? Ainda hoje as pessoas ficam confusas. Um dia, Ele mesmo pergunta aos seus discípulos o que pensavam Dele. Pedro se adianta: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, porque não foi carne e sangue que te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16:16,17). Note que Jesus se preocupava e tomava a iniciativa em saber o que pensavam dele. Ele não tinha medo desse tipo de descoberta...

Pasteur, importante médico e cientista francês, que deixou um extraordinário legado à humanidade, disse o seguinte sobre Jesus: “Em nome da ciência eu proclamo a Jesus Cristo como Filho de Deus. Meu senso científico, que valoriza muito a relação entre causa e efeito, compromete-me a aceitá-lo como fato. Minha necessidade de adorar encontra nele a mais plena satisfação.”

Um carpinteiro... martelo, pregos... Nos seus últimos momentos de vida, esses foram seus piores “algozes”. Coincidência? Não. Na verdade, um teste poderoso de preparação e controle da ansiedade. Observe que Jesus, sabendo que iria morrer pregado numa cruz, desde a infância já lidava com os instrumentos que ajudariam a matá-lo, mas nada disso o afetou no decorrer de sua vida emocional! Você agiria desta forma? E a história de perdão a Pedro? Quem entende o que ocorreu aí começa a entender o que é amor, no verdadeiro sentido da palavra.

Atuando nos sintomas, Ele ia direto na raiz emocional das pessoas. Seu alvo não era político, mas sim o interior das pessoas, a alma. Sua proposta era a revolução da mente, a expansão da inteligência (como exemplo cito o poder do perdão no caso do “atire a primeira pedra”) e, expandindo a inteligência, a compreensão de si mesmo e do mundo, o que gera uma transformação psíquica poderosa.

Cristo mostrava claramente que somente com esse processo de libertação emocional interna conseguimos vencer a ilusão do materialismo, da ganância e do individualismo e desenvolvemos sentimentos nobres de altruísmo, resultando em solidariedade, amor ao próximo, cooperação, preocupação com o outro e com a beleza da vida.

Jesus transbordava autoconhecimento e autodomínio e queria proporcionar isso às pessoas, fazendo com que elas refletissem e, consequentemente, ultrapassassem suas próprias fronteiras limitantes.

A boa notícia é que esse mesmo Jesus continua falando e suas “dicas perfeitas da verdadeira felicidade” estão totalmente ao nosso dispor. Que tal começar uma vida inteligentemente nova e bem alicerçada com o Mestre dos Mestres?


 (artigo também publicado no Jornal de Piracicaba, edição do dia 23/02/19, em coluna do autor).





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